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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Clip Ano Novo 2012.wmv do Cariri Cangaço

DEPÓSITO LEGAL NA BN


FOLHAS VOLANTES (Diário do Nordeste)

Com um acervo de menos de 2 mil exemplares de literatura de cordel, a Biblioteca Nacional faz campanha para divulgar aos cordelistas a Lei do Depósito Legal, que obriga a doação de toda publicação em território nacional ao acervo da entidade, com o objetivo de perpetuar o escrito.


A Universidade do Novo México possui um acervo de 4,6 mil exemplares do folheto que é a expressão mais tradicional da literatura popular do nordeste brasileiro: o cordel. A Biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos, em Washington, um número ainda mais robusto, com cerca de 9 mil títulos. No Brasil, uma surpresa ruim: a coleção da instituição que deveria traçar um panorama fiel de tudo que é produzido em território nacional, a Biblioteca Nacional (BN), resguarda um pífio acervo - conta com menos de 2 mil publicações.

Na tentativa de sanar essa alarmante deficiência, a entidade dá início à uma campanha de divulgação da lei que torna obrigatório aos autores a doação ao seu acervo de pelo menos um exemplar de cada obra publicada no País. Regulamentado sob as leis federais número 10.994 e 12.192, o chamado Depósito Legal prevê a doação de livros, jornais, discos, DVDs musicais e até catálogos de exposições e livros virtuais (e-books).

"A lei institui uma multa, mas a gente tem uma política de bom relacionamento com editores e autores", alerta a chefe da Divisão de Depósito Legal da Biblioteca Nacional, Daniele del Giudice. E dentro deste contexto, está também o cordel, muito embora nem autores, nem editores costumem saber disso.

Como o acervo que depende destas doações, a Biblioteca acaba não conseguindo cumprir o seu papel de guardiã desta produção. "A literatura de cordel está parada (no setor de Depósito Legal da biblioteca). Esse mês de outubro, nós recebemos apenas oito exemplares do Brasil inteiro", atesta.

Ela explica que a postura da entidade é de buscar conscientizar os autores da importância dessa doação. "Por isso, a grande divulgação que queremos fazer no Norte e Nordeste, que é onde estão a maioria dos produtores", justifica. A ideia é divulgar a lei e sua abrangência ao cordel por meio da imprensa preparando terreno para, em 2012, uma comissão da entidade correr feiras e bienais com material informativo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

IV PAJEÚ em POESIA

O poeta Chico Pedroza ligou pra dizer que vem participar do 4º Pajeú em Poesia. Chico, que é um dos maiores nomes da poesia brasileira, une-se agora a nomes como Dedé Monteiro, João Paraibano, Sebastião Dias, Neide Nascimento, Dudú Morais e Grupo Pé de Parede, Felipe Júnior, Edierck José, Alessandro Palmeira, Andréia Miron, Artemis, Danilo Gonçalves, Edezel Pereira, Elenilda  Amaral, Welington Rocha, Esdras Galvão, Genildo Santana, Gonga Monteiro, Lúcio Luiz, Paulo Monteiro, Verônica Sobral, Zé Adalberto, Zé de Mariano, Eniel Alves, Ânderson e Zezé da Loteria.
      Por Dimedes Mariano, pela poesia, por nossa identidade cultural, conto com você também. Divulgando, comparecendo, recitando...
Confira abaixo o banner de divulgação...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

4º PAJEÚ EM POESIA

União Brasileira de Escritores



                                               A Arte de Narrar O Conto




Escritores: 
Olímpio Bonald Neto
Paulo Afonso Paiva                      
                      



Local: Livraria Jaqueira
Dia 17 de dezembro às 11 horas
Entrada Franca



No encerramento deste encontro a escritora Si Cabral fará a apresentação
de um Ato Natalino dando graças pelas bênçãos recebidas durante o ano
transcorrido. Em seguida, brindaremos o Ano Novo de 2012.


Coordenadores:
Sonia Carneiro Leão
Melchiades Montenegro

Estaremos recebendo alimentos não perecíveis para doação de cestas básicas. Agradecemos a sua colaboração.

CORDEL: A Musica de Gonzaga (Paulo Moura)


1
Querido e nobre leitor
Que é amante da cultura
Vou falar de forma pura
De um homem de valor
Que foi grande condutor
Nas vielas do destino
Que aprendeu desde menino
A propagar sua saga
Falo de Luiz Gonzaga
Nosso vate nordestino.
2
Grande mestre do Baião
Gonzaga abraçou a lida
E se dedicou, em vida,
A decantar o Sertão,
Cantou seca, solidão,
Lembranças, dores, seqüelas,
Compôs narrativas belas
Falando de Lampião,
E ao Padre Ciço Romão
Fez poesias singelas.
3
O Frei Damião também
Foi por Gonzaga citado
No seu cantar ritmado
Pela fé que o povo tem
Cantou aqui e além
Levou, de forma segura
Para toda a criatura
Deste tão vasto país
Sem desprezar a raiz
Da sua bela cultura.
4
E na sua trajetória
Não se esqueceu do divino
Pois, do povo nordestino
É fruto da mesma estória
Inverno é tempo de glória
Para o povo do sertão
Mas quando chega o verão
É seca, dor e inclemência
E o pobre faz penitência
Louvando FREI DAMIÃO.
5
A religiosidade
Desse vate itinerante
Foi um traço bem marcante
Na sua identidade
Misturou simplicidade
Com atitudes ousadas
Seguiu com fé nas estradas
Como segue em procissão
O povo do seu Sertão
Com fé nas coisas sagradas.
6
Para falar do seu povo
O Rei não poupou espaço
Se referiu ao cangaço
Que no sertão foi estorvo
Tinha sempre um verso novo
Pra louvar sua ribeira
Com “Maria Cangaceira”
E o seu “Lampião Falou”
Luiz Gonzaga mostrou
Que era artista de primeira.
7
Quando ainda era menino
Falou pra a mãe certo dia
Que quando crescer queria
Ser igual a Virgulino!
Ainda bem que o destino
Mudou-lhe a predileção
Não foi igual Lampião
E nem virou cangaceiro,
Não foi herói bandoleiro
Mas foi o Rei do Baião.
8
Canções de exílio e esperança
Cantou para o sertanejo
Que vivia no desejo
De uma bem aventurança
Que sempre teve à lembrança
As coisas do seu torrão
Estando no sul ou não
Tentando sobreviver
Jamais pôde se esquecer
Do seu querido sertão.
9
Raimundo Jacó ganhou
Por ser um vaqueiro forte
Em razão de sua morte
A festa que o consagrou
Luiz Gonzaga criou
O festim religioso
E o vaqueiro corajoso
Que é o mais homenageado
Fez do profano e o sagrado
Um evento valoroso.
10
Adotava um visual
Bem típico do Sertão
Chapéu de couro, gibão
Alpercata e embornal,
De esplendor sem igual
Esse traje lhe deu sorte
Pois apesar de dar porte
Uma mensagem supunha
Do mestre Euclides da Cunha:
- O sertanejo é um forte!
11
Nas festas de romaria
Gonzaga se fez presente
Exaltando o penitente
Que pra Juazeiro ia
Cantava e bendizia
O Padre Ciço Romão
Que o povo em procissão
Sua promessa pagava
E ao Padre homenageava
Com versos de Gonzagão.
12
No “Milagre em Juazeiro”
Falou que o romeiro vinha
Pra ver Beata Mocinha,
Criada do padroeiro,
Quando o padre milagreiro
Com fé lhe abençoou
Na hora que ela provou
Da hóstia consagrada
Como coisa inesperada
A sua boca sangrou.
13
Relatou emocionado
O êxodo nordestino
Que mudava o destino
Do tabaréu do roçado
Que, sem criação de gado,
Nem nada que seja seu
Pro sul do país correu
Foi morar noutro lugar
Mas sempre sonhou voltar
Pro torrão onde nasceu.
14
Gonzaga representava
Esperança e redenção
E foi com sua canção,
Que pro sertão dedicava,
Que, cantado, ensinava
O sertanejo a rezar,
Ter fé e acreditar
Com coragem e devoção
Que um dia para o sertão
O matuto ia voltar
15
Cantava as coisas que via
Pois, aprendeu bem menino
A admirar Virgulino
Que no cangaço vivia
Na canção não escondia
O amor por “Ciço Romão”,
Também no “Frei Damião”
Muita fé depositava
Do mesmo jeito que amava
As coisas do seu sertão.
16
E foi o Rei do Baião
Que com a sua poesia
Com coragem, simpatia
E com determinação
Ousou deixar o sertão
E saiu a procurar
Qualquer cantinho ou lugar
Para mostrar com prazer
O que mais soube fazer:
Tocar Sanfona e cantar.


Paulo Moura

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Literatura de Cordel

Ministra Ana de Hollanda entrega prêmios a cordelistas selecionados no edital do MinC
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, entrega na próxima quarta-feira, 7, os certificados do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 - Edição Patativa do Assaré – a representantes de 200 iniciativas selecionadas no primeiro edital do Programa Livro Aberto para o segmento do Cordel, da Diretoria do Livro, Leitura e Literatura da Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura (FBN/MinC).
A cerimônia será realizada no Teatro do Centro Cultural do Banco do Nordeste do Brasil (CCBN), em Fortaleza, com início às 14h , e também contará com as presenças do presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, e do diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba. O Ministério da Cultura está investindo R$ 3 milhões na premiação deste edital, destinado a ações de pesquisa, produção e difusão no segmento de cordel, que engloba literatura, repente, cantoria, xilogravura e a tradição musical do Coco, dentre outras linguagens.
O edital foi lançado em junho de 2010, atendendo à demanda gerada no Seminário de Políticas Públicas do 1º Encontro Nordestino de Cordel, realizado em Brasília, em maio de 2009, que contou com a parceria do MinC, reunindo cordelistas, escritores, artistas, editores, professores, pesquisadores, gestores públicos, políticos e empresários.
Fases do concurso
Foram habilitados 617 projetos, dos 618 inscritos na primeira fase do concurso. Na seleção final foram classificadas 200 iniciativas que estão recebendo do Ministério da Cultura prêmios que variam de R$ 7 mil a R$ 30 mil, de acordo com cada categoria.
No segmento Criação e Produção foi destinado um montante de R$ 1 milhão para a realização de livros, folhetos de cordel, CDs e DVDs, distribuídos entre novos trabalhos e reedições de obras esgotadas. A área de Pesquisa recebeu prêmios no valor global de R$ 250 mil, a de Formação nas Expressões Artísticas do Cordel outros R$ 850 mil e para o segmento da Difusão foram destinados R$ 900 mil.
O Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel visa divulgar e estimular a produção literária e demais expressões culturais neste segmento, bem como valorizar e apoiar a propagação da cultura popular, estimulando a geração de renda para poetas e demais artistas que atuem no campo da Literatura de Cordel e linguagens afins.
Veja a classificação final do concurso
(Texto: Patrícia Saldanha -Ascom/MinC)

OS VAQUEIROS DA HISTORIA - Por João de Souza Lima


Nos últimos anos temos seguido incansavelmente, por questões mesmo do pouco tempo que nos resta, incursionado no campo da pesquisa histórica do cangaço, mundo que abrange além dos cangaceiros, soldados volantes, coiteiros, beatos, padres, missionários, sertanejos que viveram a  época em questão e dela foi parte de alguma forma.
Na realidade estamos vivenciando os últimos suspiros dos homens e mulheres que viveram essa saga. Dentro de no máximo 10 anos perderemos essa  história oral que tanto corremos atrás. Todos eles passarão, como é natural a todo vivente,  deixando seus rastros escritos no caderno dos caminhos nordestinos.
Diante de tantos registros equivocados e mal intencionados que estão surgindo, de pessoas sem o mínimo respeito com as histórias e suas verdades, loucuras tiradas unicamente dos pensamentos disformes, haverá um tempo em que contarão que Lampião entrou no Raso da Catarina pilotando um possante helicóptero equipado com bombas teleguiadas e mira a LASER. Haverá um tempo onde os absurdos contatos sobre o cangaço ultrapassarão o entendimento até mesmo da tecnologia que se fará presente no momento.  Lampião será o próprio “Júlio Verne”, com sua ficção submersa das 20 mil léguas submarinas. No futuro a história contará lampião indo à lua, travando combates com seres extraterrestres e derrubando suas máquinas que atingem a irrisória velocidade de 400.000 km em míseros 2 segundos, usando apenas uma velha “Baliadeira”.
Por hora já surgiu Lampião jogador de bola no Raso da Catarina e sendo um ótimo zagueiro, Lampião brigando na caatinga como se fosse o Tarzan  e pulando de galho em galho.
Mais recentemente Lampião tornou-se corno e homossexual, esse último impropério escrito por um juiz aposentado que por se sentir inútil no seu descanso e talvez esquecido  em sua repousante  autoridade, se deu ao capricho de difamar um homem que viveu à margem da lei, tendo por ferramenta de trabalho sua luta defendida pelo poder da arma com uma incansável estratégia de sobrevivência e que em momento algum deixou caminhos que indicassem esse comportamento.
Refletindo sobre tal afirmação e infundada situação senti pena dos homens que esse juiz  julgou em seu longo caminho de magistrado.
    Aos que levam a causa com mais seriedade, aos homens valorosos e ajuizados que conheci e que resistem na árdua labuta de poder registrar a verdade dos fatos e que merecem meu respeito e as considerações das gerações vindouras, dedico meu reconhecimento e minha gratidão:
Antonio Amaury, Frederico Pernambucano  de Mello, Sabino Basseti, Ângelo Osmiro, Aderbal Nogueira, Múcio Procópio, Geraldo Ferraz, Ivanildo Silveira, Kiko Monteiro, Lívio Ferraz, Manoel Severo, Sérgio Dantas, Rubervânio Lima,  Carlos Megalle, Carlos Eduardo, Carlos Elydio, Jack De White, Wescley Nunes, Antonio Vilela, Alcino Alves Costa, Wilson Seraine, Thomas Cisne, Juliana Schiara, Ana Lúcia, Paulo Gastão, Leandro Cardoso Fernandes,  Pedro Luis,   Voldi Ribeiro, Luiz Ruben, Gilmar Teixeira, Honório de Medeiros, Jorge Robson, Narciso, Rostan Medeiros, Francisquinha, Kydelmir Dantas, Pereirinha, Nely Conceição, Raimundo Marins, Jairo, Inácio Loiola, Bosco André, Julio Schiara, Jadilson Ferraz, Paulo Moura, Zé Cícero, Archimedes Marques, Alfredo Bonessi, Cicinato Ferreira, Diana Rodrigues, Reclus, Alcivandes, Juracy  Marques, João Souto, Josué, Barros Alves, Petrúcio Luiz, Edson Barreto, Afrânio Cisne, Wolney  Oliveira, Felipe Marques, Marcos Passos, Haroldo Magno, Antonio Galdino, Lamartine Lima, Juarez Conrado, Sousa Neto, Oleone Coelho.
    Como diria meu amigo Severo: “OS VERDADEIROS VAQUEIROS DA HISTÓRIA”.
Homens que dedicaram tempo, trabalho, paciência e responsabilidade para contar um pouco do seu passado e de sua própria vida.
Obs.- desculpem se algum nome ficou de fora, avise-me que acrescentarei, porém não insistam em colocar nessa relação um tal  PEDRO MORAIS.  

Uma turma boa e com boas intensões históricas.
Kiko E Ivanildo: trabalho sério e responsável
Ângelo, Narciso, João, Wescley, Ivanildo, Vilela e Thomas: Seguindo a linha do entendimento e da vercidade.
a maior reunião  de estudiosos dos temas relacionados ao Nordeste.
Jorge Robson, João e dois sobrinhos do cangaceiro Esperança.
Kiko e sua amada esposa no dia que conheceram a biografia de Maria Bonita.
T
Aderbal Nogueira: Uma das referências de seriedade.
urma em pesquisa ao Raso da Catarina.
 Pereira, João, Pedro Luiz, Sousa Neto e Kiko.
reunião dos que estudam com seriedade o tema
João, Frederico, Francisco Lira e um dos diretores do IBAMA.
seguindo os ensinamentos do decano de Poço Redondo
Marcos Passos "guiando" o barco até a Grota do Angico, com João e Felipe Marques
os debates informais como aprendizado sempre acontecidos nas rodas de amigos.
trabalho sério e dignificante das mãos de Severo
João e Voldi

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