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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MEU PRIMEIRO LIVRO



Dizem que o primeiro livro que a gente escreve é como o primeiro sutiã para uma adolescente, ou mesmo um primeiro beijo. A gente nunca esquece!
O sentimento que tenho pelo meu livro Lampião em Verso e Prosa, é mais ou menos assim.
Foi a partir dele que aprofundei meu gosto pela poesia de cordel e, como já sabia fazer cordel, fui estimulado a pesquisar e estudar com mais profundidade o tema. Desde então, procurei beber na fonte dos mais renomados cordelistas, tanto os da antiguidade, como Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá, até os contemporâneos, a exemplo de José Honório, Arievaldo Viana, entre outros.
Certa feita, coloquei um trecho do meu livro Lampiao em Verso e Prosa, num site que eu tinha construido (isso nos meados de 2000, 2001) quando recebo um maravilhoso comentário de um internauta que me chama de artífice da poesia de cordel e me coloca no mesmo naipe de Leandro. E eu me perguntava: Quem diabos é esse Leandro? pois é. Eu não tinha conhecimento de quem era o Principe dos Cordelistas.
Hoje, vivo tão envolvido com a literatura de Cordel que acho que sem ela não existe vida.
Vivo nesse universo mágico de poetas sertanejos. Nessa maravilha que é o falar metrificado. De subir num palco e recitar uma bela poesia ou mesmo uma poesia engraçada e ver o povo embaixo se emocionando com o que você diz.
Semana passada, na véspera do Natal, fui me apresentar a convite do mestre Allan Salles, no mercado São José, juntamente com os poetas Edgar Diniz e Altair Leal. Ficamos mais de hora e meia dizendo poesias pra aquele povo simples do mercado, que vibravam, riam e se emocionavam com nossas poesias.
Num certo momento, já ao final da nossa exibição, recitei um verso que fiz falando sobre o "Natal que eu Queria" e, ao terminar a fala tinha um bebinho lá embaixo chorando de emoção. Essa cena ficou guardada na minha mente, tanto que estou narrando agora, não pela novidade do choro. Pois que é a coisa mais corriqueira, se arrancar umas lágrimas do ouvinte que nos assiste, mas pela simplicidade do sentimento do bebinho. Não me perguntem porque. Mas aquilo me tocou!

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