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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CANGAÇO E CORDEL, JUNTOS SERTÃO A FORA!

Desde o momento em que eu enveredei nos caminhos da pesquisa do Cangaço, sempre estive acompanhado da Literatura de Cordel, pois, apesar de ser um historiador era tambem um poeta cordelista. 
Dia desses, uma amiga muito querida, Lucimar Nascimento, que mora atualmente em Arcoverde, me fez um pedido. Ela ia entrevistar, junto com a turma de alunos da escola em que ela leciona, o velho Cangaceiro Manoel Dantas Loiola, o Candeeiro. E ela queria, ao final da entrevista, fazer uma homenagem para o mesmo em forma de Cordel. E me designou para fazer os versos, que era para os alunos recitarem. Feito os versos, que postei abaixo, foi feita a entrevista e, no final, como estava previsto, alguns alunos recitaram para o meu amigo Candeeiro, os versos que fiz. Lucimar me falou que Seu Manoel ficou emocionado e que a ação rendeu até matéria no Jornal do Commercio. No que fiquei muito ancho!! rsrsr
E é essa umas das coisas que faço questão de divulgar para os leitores, que é para todo mundo ver a força da Poesia de Cordel nas escolas, graças ao empenho de poetas e professores, que lutam para manter essa Cultura tão rica, mantendo tambem viva a memória do cangaço. Abaixo e integra da resposta da querida amiga e professora e a poesia que fiz em homenagem a este grande homem que hoje já é história!

Amigo

segue em anexo fotos do evento com Candeeiro.
Hoje saimos no Jornal do Commercio no caderno Cidades. Chique em!!! kkk

bjs
Lu

HOMENAGEM A CANDEEIRO

Manoel Dantas Loyola
É o seu nome de pia
Sua entrada no cangaço
Foi coisa que não queria
Mas quando viu Virgulino
Selou ali seu destino
Um “Candeeiro” nascia.

Entrou no cangaço novo
Assim mesmo sem querer
Uniu-se aos cangaceiros
Somente pra não morrer
Quando fugia de um cerco
Que a volante ia fazer

Hoje vive do comércio
Na sua terra Natal
Seu Né como é conhecido
Voltou para o local
Hoje, na sua cidade
Diz que não sente saudade
Daquele tempo infernal

Seu Né nos diz que a vida
Do cangaço é sofrimento
Perseguições e batalhas
Para ele era um tormento
Naqueles tempos atrás
Pra ele não tinha paz
Só penúria e lamento

Viveu muitas aventuras
Ao lado do Capitão
O valente Virgulino
Lhe tinha muita afeição
Foi cabra de confiança
E um fiel ordenança
Do famoso Lampião

Mas a vida muito ensina
E o sofrimento também
Passar a noite ao relento
Não se passa nada bem
Viver a vida perdido
Perseguido e escondido
Nunca foi bom pra ninguém

Hoje o velho Candeeiro
É uma luz de alegria
Manoel Dantas Loyola
Agradece todo dia
E se hoje fosse chamado
Pra voltar pro bando armado
O seu Né não mais queria!

Dê um abraço grande no Candeeiro, do poeta Paulo Moura.





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