Publicado em 20.01.2010 no JC
Pesquisa realizada pelo Ipea constata que apenas 48% dos estudantes de 15 a 17 anos estão no ensino médio, etapa ideal na escola para a faixa etária. Déficit se reflete também em idades mais avançadas
SÃO PAULO – Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa o ensino médio, etapa na escola adequada para essa faixa etária, de acordo com o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra outros dados preocupantes sobre a educação de jovens no País.Fenômenos como as altas taxas de evasão escolar, escassas oportunidades no mundo do trabalho, índices alarmantes de morte precoce ou a dinâmica de reprodução de desigualdades centenárias entre as novas gerações confirmam uma trajetória irregular e de muitos fracassos na faixa etária entre 15 e 29 anos. “O Brasil chegou um pouco tarde com as políticas públicas para a juventude. Até o início do século passado, o tema da juventude era praticamente inexistente”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no lançamento.
Embora 82% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estejam matriculados na escola, o problema está no atraso para concluir os estudos, situação que reflete nas faixas de idade mais à frente. Segundo a pesquisa, apenas 48% de jovens daquela faixa etária cursavam o ensino médio em 2007. Na população de 18 a 24 anos, apenas 30% têm o ensino médio completo e 65% estão fora da escola. Outros 13% estão no ensino superior. Na faixa seguinte, de 25 a 29 anos, só 9,4% têm o superior completo, abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE).
O relatório diz também que o Brasil apresenta até hoje um quadro alarmante em relação à concretização de direitos humanos de parcela expressiva de sua juventude. Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, o jovem pobre e negro é uma das maiores vítimas da atual falta de políticas específicas.
Um ponto positivo mostrado pelo levantamento é que a taxa de analfabetismo caiu significativamente entre os jovens nos últimos anos. Na faixa de 15 a 24 anos, a redução foi de 66,6% entre 1996 e 2007. Entre aqueles com idade de 25 a 29 anos, a queda foi de 48%.
Mas o Ipea alerta para a desproporção entre as regiões. “Apesar de ter havido acentuada redução do analfabetismo no segmento de jovens entre 1996 e 2007, esse avanço não foi acompanhado de redução das disparidades regionais, o que reforça a necessidade de intensificar e ampliar ações que priorizem as Regiões Norte e, em particular, a Nordeste”, diz o estudo. O País, de acordo com o instituto, ainda tem 1,5 milhão de analfabetos com idades entre 15 e 29 anos.
O grau de analfabetismo da população brasileira, medido pela taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples, ainda se encontrava no patamar de 10% em 2007. O percentual é elevado, comparado ao de outros países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%.
SÃO PAULO – Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa o ensino médio, etapa na escola adequada para essa faixa etária, de acordo com o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostra outros dados preocupantes sobre a educação de jovens no País.Fenômenos como as altas taxas de evasão escolar, escassas oportunidades no mundo do trabalho, índices alarmantes de morte precoce ou a dinâmica de reprodução de desigualdades centenárias entre as novas gerações confirmam uma trajetória irregular e de muitos fracassos na faixa etária entre 15 e 29 anos. “O Brasil chegou um pouco tarde com as políticas públicas para a juventude. Até o início do século passado, o tema da juventude era praticamente inexistente”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no lançamento.
Embora 82% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estejam matriculados na escola, o problema está no atraso para concluir os estudos, situação que reflete nas faixas de idade mais à frente. Segundo a pesquisa, apenas 48% de jovens daquela faixa etária cursavam o ensino médio em 2007. Na população de 18 a 24 anos, apenas 30% têm o ensino médio completo e 65% estão fora da escola. Outros 13% estão no ensino superior. Na faixa seguinte, de 25 a 29 anos, só 9,4% têm o superior completo, abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE).
O relatório diz também que o Brasil apresenta até hoje um quadro alarmante em relação à concretização de direitos humanos de parcela expressiva de sua juventude. Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, o jovem pobre e negro é uma das maiores vítimas da atual falta de políticas específicas.
Um ponto positivo mostrado pelo levantamento é que a taxa de analfabetismo caiu significativamente entre os jovens nos últimos anos. Na faixa de 15 a 24 anos, a redução foi de 66,6% entre 1996 e 2007. Entre aqueles com idade de 25 a 29 anos, a queda foi de 48%.
Mas o Ipea alerta para a desproporção entre as regiões. “Apesar de ter havido acentuada redução do analfabetismo no segmento de jovens entre 1996 e 2007, esse avanço não foi acompanhado de redução das disparidades regionais, o que reforça a necessidade de intensificar e ampliar ações que priorizem as Regiões Norte e, em particular, a Nordeste”, diz o estudo. O País, de acordo com o instituto, ainda tem 1,5 milhão de analfabetos com idades entre 15 e 29 anos.
O grau de analfabetismo da população brasileira, medido pela taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples, ainda se encontrava no patamar de 10% em 2007. O percentual é elevado, comparado ao de outros países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%.
Olá amigos, faço o mesmo trabalho aqui no sul do Brasil com jovens das escolas públicas e participantes do Festival de Teatro da UFPR. Gostaria de manter contato com vocês. Estarei no Recife para as festas de São João e seria muito importante trocarmos ideias e experiências!
ResponderExcluirSaudações cordelísticas!