Depois do sucesso que foi o soneto AS QUATRO VELAS, do mestre incomensurável Dedé Monteiro, recebi ontem, através do genro de Dedé, Alexandre (também poeta), uma obra que, tenho quase certeza, fará o mesmo sucesso que esse soneto. A obra vem da vertente de Dedé, Gonga Monteiro, seu irmão e grande poeta: OS QUATRO BÊBADOS.
Já deixando o convite: Gonga Monteiro, fará o lançamento do seu livro, Vida & Versos, no dia 02 de abril (resquícios do Dia da Mentira) no Mercado da Madalena a partir das 12h.
A “ruindade” de Gonga se compara a simplicidade de Dedé – ou é o contrário? Bem, o certo é que quem ganha com isso tudo somos todos nós, ouvintes, poetas e amantes desses malassombrados da bixiga lixa.
Segue essa jóia que não é rara, pois tudo que vem de Gonga é sensacional:
OS QUATRO BÊBADOS
Quatro bêbados bebiam numa mesa,
E falavam da vida e tudo em fim.
O primeiro dizia: “Eu bebo assim,
Pra poder afogar minha tristeza”…
E falavam da vida e tudo em fim.
O primeiro dizia: “Eu bebo assim,
Pra poder afogar minha tristeza”…
O segundo, engolindo uma de gim,
Diz: “a cana é quem faz minha defesa…
Se não fosse a bebida, essa beleza,
Minha vida seria muito ruim!
Diz: “a cana é quem faz minha defesa…
Se não fosse a bebida, essa beleza,
Minha vida seria muito ruim!
O terceiro, morrendo de ressaca,
Diz: eu sinto a matéria muito fraca,
Vou parar de beber essa semana!
Diz: eu sinto a matéria muito fraca,
Vou parar de beber essa semana!
Grita o outro: “não faça essa desgraça,
Mande abrir mais um litro de cachaça
Que é pra gente morrer bebendo cana!
Mande abrir mais um litro de cachaça
Que é pra gente morrer bebendo cana!
Gonga Monteiro
Tabira, 18/02/2011
Tabira, 18/02/2011
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