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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

terça-feira, 26 de abril de 2011

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HOMENAGEANDO OS MESTRES

O cordel está na moda!
Alguêm duvida?
Pois bem. Este ano a poesia de Cordel está com a bola toda. E todos nós, poetas cordelistas estamos de parabens, pois estamos mostrando ao mundo a importancia de nossa cultura poética. A poesia é uma das mais belas artes. No cordel, a harmonia dos seus versos sempre encantaram as pessoas, desde os mais longinquos tempos até os dias de hoje.
O Nordeste guarda no seu seio estórias fantásticas de lutas, de resistência... e de poética.
O bravo nordestino, a despeito de ser um forte, é também um poeta em potencial.
Esta mensagem foi escrita com o intuito de saldar algumas pessoas celebres no meio da poesia e da cultura nordestina, mas que infelizmente são ainda desconhecidas da grande mídia.
Só para ilustrar o que eu estou escrevendo, basta citar três grandes mestres que para mim são como artífices da cultura e da poesia. É a eles que rendo minha homenagem neste dia, pois graças a eles me sinto incentivado a divulgar e a amar esta arte tão rica que é a Poesia Popular.


Meu queridíssimo amigo Poeta Carlos Aires, de Carpina

Poeta Chico Arruda, de Sertânia

O mestre e amigo Dedé Monteiro, de Tabira

Fiz questão de citar estas três figuras por ver neles exemplos de grandeza e simplicidade dentro de uma só pessoa. Um grande abraço, meus mestres!

IV CONCERTO DE LEITURA NA ESCOLA OSWALDO LIMA FILHO









                                                                       


Este é um convite para participar de uma grande aventura: 3 dias dedicados à leitura na escola.
Vivência de oficinas literárias, encontro com escritores
e passeios literários.
Dias 27, 28 e 29 de abril nos três turnos da escola.
Este ano contamos com a parceria da
União Brasileira de Escritores (UBE).

Participação dos Escritores:
Alexandre Santos (Presidente da UBE), Fernando Farias, Wellington de Melo, Jeane Siqueira, Luciene de Freitas, Thelma Linhares, Maria Amélia de Almeida, Socorro Miranda, Isabelle Leite, Poeta Paulo Moura, Bruno Piffardini, Marcos D'Morais, Edgar Diniz, Luciano Pontes e Adriana Millet.

                        Escola Municipal Oswaldo Lima Filho
                Avenida Domingos Ferreira, 1040 – Pina.
                Fone: 3355.3928 / 3355. 3929

domingo, 17 de abril de 2011

O QUE É LITERATURA DE CORDEL?


Literatura de cordel
Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

História

A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.
No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
Os poetas Leandro Gomes de Barros (1865-1918) e João Martins de Athayde (1880-1959) estão entre os principais autores do passado.[1]
Todavia, este tipo de literatura apresenta vários aspectos interessantes e dignos de destaque:
  • As suas gravuras, chamadas xilogravuras, representam um importante espólio do imaginário popular;
  • Pelo fato de funcionar como divulgadora da arte do cotidiano, das tradições populares e dos autores locais (lembre-se a vitalidade deste gênero ainda no nordeste do Brasil), a literatura de cordel é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro;
  • Pelo fato de poderem ser lidas em sessões públicas e de atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disseminação de hábitos de leitura e lutam contra o analfabetismo;
  • A tipologia de assuntos que cobrem, crítica social e política e textos de opinião, elevam a literatura de cordel ao estandarte de obras de teor didático e educativo.
Poética

Quadra

Estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. Porém as estrofes de quatro versos ainda são muito utilizadas em outros estilos de poesia sertaneja, como a matuta, a caipira, a embolada, entre outros.
A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente tem que haver rima em dois versos (linhas). Cada poeta tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta. Exemplo:

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá (2)
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá (4).

Outro prefere rimar todas as linhas, alternando ou saltando. Pode ser a primeira com a terceira e a segunda com a quarta, ou a primeira com a quarta e a segunda com a terceira. Vejamos estes exemplos de Zé da Luz: (ABAB ou ABBA)

E nesta constante lida
Na luta de vida e morte
O sertão é a própria vida
Do sertanejo do Norte
Três muié, três irimã,
Três cachorra da mulesta
Eu vi nun dia de festa
No lugar Puxinanã.

Sextilha

É a mais conhecida. Estrofe ou estância de seis versos. Estrofe de seis versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados; verso de seis pés, colcheia, repente. Estilo muito usado nas cantorias, onde os cantadores fazem alusão a qualquer tema ou evento e usando o ritmo de baião. Exemplo:

Quem inventou esse "S"
Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventou
O "F" da falsidade
E o mesmo que fez o "I"
Da minha infelicidade

Septilha

Estrofe (rara) de sete versos; setena (de sete em sete). Estilo muito usado por Zé Limeira, o Poeta do Absurdo.

Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraiba falada
Cantando nas escrituras
Saudando o pai da coaiada
A lua branca alumia
Jesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.
Napoleão era um
Bom capitão de navio
Sofria de tosse braba
No tempo que era sadio,
Foi poeta e demagogo
Numa coivara de fogo
Morreu tremendo de frio.

Na septilha usa-se o estilo de rimar os segundo, quarto e sétimo versos e o quinto com o sexto, podendo deixar livres o primeiro e o terceiro.

Oitava

Estrofe ou estância (grupo de versos que apresentam, comumente, sentido completo) de oito versos: oito-pés-em-quadrão. Oitavas-a-quadrão. Como o nome já sugere, a oitava é composta de oito versos (duas quadras), com sete sílabas. A rima na oitava difere das outras. O poeta usa rimar a primeira com a segunda e terceira, a quarta com a quinta e oitava e a sexta com a sétima.

Quadrão

Oitava na poesia popular, cantada, na qual os três primeiros versos rimam entre si, o quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.

Todas as estrofes são encerradas com o verso: Nos oito pés a quadrão. Vejamos versos de uma contaria entre José Gonçalves e Zé Limeira: - (AAABBCCB)
Gonçalves:

Eu canto com Zé Limeira
Rei dos vates do Teixeira
Nesta noite prazenteira
Da lua sob o clarão
Sentindo no coração
A alegria deste canto *
Por isso é que eu canto tanto *
NOS OITO PÉS A QUADRÃO

Limeira:

Eu sou Zé Limeira e tanto
Cantando por todo canto
Frei Damião já é santo
Dizendo a santa missão
Espinhaço e gangão
Batata de fim de rama *
Remédio de velho é cama *
NOS OITO PÉS A QUADRÃO.

Décima

Estrofe de dez versos, com dez ou sete sílabas, cujo esquema rimático é, mais comumente, ABBAACCDDC, empregada sobretudo na glosa dos motes, conquanto se use igualmente nas pelejas e, com menos frequência, no corpo dos romances.

Geralmente nas pelejas é dado um mote para que os violeiros se desdobrem sobre o mesmo. Vejamos e exemplo com José Alves Sobrinho e Zé Limeira:
  • Mote:
VOCÊ HOJE ME PAGA O QUE TEM FEITO
COM OS POETAS MAIS FRACOS DO QUE EU.
  • Sobrinho:
Vou lhe avisar agora Zé Limeira <A
Dizem que quem avisa amigo é >B
Vou lhe amarrar agora a mão e o pé >B
E lhe atirar naquela capoeira <A
Pra você não dizer tanta besteira <A
Nesta noite em que Deus nos acolheu >C
Você hoje se esquece que nasceu >C
E se lembra que eu sou bom e perfeito >D
Você hoje me paga o que tem feito >D
Com os poetas mais fracos do que eu. >C
  • Zé Limeira:
Mais de trinta da sua qualistria
Não me faz eu correr nem ter sobrosso
Eu agarro a tacaca no pescoço
E carrego pra minha freguesia
Viva João, viva Zé, viva Maria
Viva a lua que o rato não lambeu
Viva o rato que a lua não roeu
Zé Limeira só canta desse jeito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

Martelo

Estrofe composta de decassílabos, muito usada nos versos heroicos ou mais satíricos, nos desafios. Os martelos mais empregados são o gabinete e o agalopado.

Martelo agalopado - Estrofe de dez versos decassílabos, de toada violenta, improvisada pelos cantadores sertanejos nos seus desafios.

Martelo de seis pés, galope - Estrofe de seis versos decassilábicos. Também se diz apenas agalopado.


Estrofe de 10 versos hendecassílabos (que tem 11 sílabas), com o mesmo esquema rímico da décima clássica, e que finda com o verso "cantando galope na beira do mar" ou variações dele. Termina, sempre, com a palavra "mar".

Às vezes, porém, o primeiro, o segundo, o quinto e o sexto versos da estrofe são heptassílabos, e o refrão é "meu galope à beira-mar". É considerado o mais difícil gênero da cantoria nordestina, obrigatoriamente tônicas as segunda, quinta, oitava e décima primeira sílabas.

  • Sobrinho:
Provo que eu sou navegador romântico
Deixando o sertão para ir ao mirífico
Mar que tanto adoro e que é o Pacífico
Entrando depois pelas águas do Atlântico
E nesse passeio de rumo oceânico
Eu quero nos mares viver e sonhar
Bonitas sereias desejo pescar
Trazê-las na mão pra Raimundo Rolim
Pra mim e pra ele, pra ele e pra mim
Cantando galope na beira do mar.
  • Limeira:
Eu sou Zé Limeira, caboclo do mato
Capando carneiro no cerco do bode
Não gosto de feme que vai no pagode
O gato fareja no rastro do rato
Carcaça de besta, suvaco de pato
Jumento, raposa, cancão e preá
Sertão, Pernambuco, Sergipe e Pará
Pará, Pernambuco, Sergipe e Sertão
Dom Pedro Segundo de sela e gibão
Cantando galope na beira do mar.

  • Antigamente, quadra de versos de sete sílabas, na qual rimava o primeiro com o quarto e o segundo com o terceiro, seguindo o esquema abba.
  • Hoje, verso de cinco ou de sete sílabas, respectivamente redondilha menor e redondilha maior.
Carretilha

Literatura popular brasileira - Décima de redondilhas menores rimadas na mesma disposição da décima clássica; miudinha, parcela, parcela-de-dez.

Métrica e Rima
  • Métrica:
Arte que ensina os elementos necessários à feitura de versos medidos. Sistema de versificação particular a um poeta. Contagem das sílabas de um verso. Verso é a linguagem medida. Para medir devemos ajuntar as palavras em número prefixado de pés. Chama-se pé uma sílaba métrica. O verso português pode ter de duas a doze sílabas. Os mais comuns são os de seis, sete, oito, dez e doze pés. Como o verso mais comum, mais espontâneo é o de sete pés, comecemos nele a contagem métrica. Exemplo:

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

Eis como se contam as sílabas:
Mi | nha | ter | ra |tem | pal | mei|

Não contamos a sílaba final "ras" porque o verso acaba no último acento tônico. O verso a quem sobra uma sílaba final chama-se grave. Aquele a quem sobram duas sílabas finais chama-se esdrúxulo. O terminado por palavra oxítona chama-se agudo, como o segundo e o quarto do exemplo supra. Eis como se decompõe o segundo verso:

On | de | can | ta o | sa | bi |á|

Nesse verso "ta o" se leem como t'o formando um pé, pela figura sinalefa (fusão) . Sabiá, modernamente, se deve contar dissílabo, porque biá, em duas silabas, forma hiato. Em geral devemos sempre evitar o hiato, quer intraverbal, quer interverbal. Os autores antigos e os modernos pouco escrupulosos toleram muitos hiatos.
·          
    • Sinalefa:
Figura pela qual se reúnem duas sílabas em uma só, por elisão, crase ou sinérese.
·          
    • Sinérese:
Contração de duas sílabas em uma só, mas sem alteração de letras nem de sons, como, p. ex., em reu-nir, pie-da-de, em vez de re-u-nir, pi-e-da-de.

As| aves | que a| qui | gor| jei |
Não | gor | jei| am | co | mo | lá |

No caso o verso é um heptassílabo, porque só contamos sete sílabas. Se colocarmos uma sílaba a mais ou a menos em qualquer dos versos, fica dissonante e perde a beleza e harmonia.
Vale lembrar que quando a palavra seguinte inicia com vogal, dependendo do caso, pode haver a junção da sílaba da primeira com a segunda, como se faz na língua francesa. Exemplo:
Para verificar a quantidade de silabas podemos contar nos dedos. Vejamos neste trechinho de Patativa do Assaré:

Nes | ta | noi | te | pas | sa | gei | ra
1       2     3    4     5     6    7
Há | coi| sa | que | mui | to | pas | ma
1       2     3    4     5     6    7

Um mote:

Vou | fa | zer | se | re | na | ta | na | cal | ça | da
1       2     3    4     5     6    7    8    9    10
Da | me | ni | na | que a | mei | na | mi | nha | vi | da
1       2     3    4     5       6      7     8    9    10
  • Rima
·          
    • Rimas consoantes:
As que se conformam inteiramente no som desde a vogal ou ditongo do acento tônico até a última letra ou fonema. Exemplo: fecundo e mundo; amigo e contigo; doce e fosse; pálido e válido; moita e afoita.
·          
    • Rimas toantes:
Aquelas em que só há identidade de sons nas vogais, a começar das vogais ou ditongos que levam o acento tônico, ou, algumas vezes, só nas vogais ou ditongos da sílaba tônica. Exemplo: fuso e veludo; cálida e lágrima; "Sem propósito de sonho / nem de alvoradas seguintes, / esquece teus olhos tontos / e teu coração tão triste." Cecília Meireles, Obra Poética, p. 516.
No caso da literatura de cordel nordestina, faz parte da tradição do gênero o uso de rimas consoantes. Se um folheto de cordel usa rimas toantes, o conhecedor de cordel pensa logo que o autor daquele folheto desconhece a existência destas regras. Um cordel escrito assim pode até ser um grande poema, mas não se pode dizer que se trata de 'um cordel autêntico

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Repentistas Caju & Castanha quando crianças

Queria que a juventude
Que vive na precisão
Assistisse este vídeo
Ouvisse esta gravação
Com duas crianças pobres
Saindo em busca de cobres
Para a casa sustentar
Sem futuro ou paradeiro
Se armaram com um padeiro
E foram à rua lutar.
.....
Não se entregaram às drogas
Não roubaram um vintêm
De serem negros e pobres
Nunca culparam ninguem
Criaram a sua arte
Brilharam em toda parte
Não viveram de favor
Nem nunca se corromperam
Na sua arte cresceram
E mostraram seu valor.
(Paulo Moura)

Este recado é para os jovens pobres de hoje, que na falta de uma cultura, educação e bons ensinamentos e ordem no seio familiar, partem para cometer crimes brutais, apenas pelo prazes de viver uma vida desregrada e livre, como se nós, pobres mortais, fossemos culpados diretos de sua situação.

Pinto do Monteiro, o famoso repentista aos 82 anos

Val Patriota - Confissão de Caboclo (Que crime não saber ler).flv

Marianna Teles Declama e não nega sua origem!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

I FEIRA DE LITERATURA DE CORDEL DO SERTÃO

No dia 25 de março de 2011, como fora anunciado neste blog, foi realizada a I Feira de Literatura de Cordel do Sertão. Uma iniciativa brilhante da Fundação Cultural Cabras de Lampião, nas pessoas de Anildomá e Cleonice, no Museu do Cangaço - Serra Talhada/PE. O encontro reuniu poetas e cordelistas do litoral e do sertão.
Os poetas Chico Pedrosa, Paulo Moura e Felipe Junior, juntamente com o grande mestre Dedé Monteiro que trouxe uma rica comitiva de poetas (Gonga, Neide, Dudu Moraes, Caio Menezes, entre outros) abrilhantaram o evento que promete ser o primeiro de uma série.
Da grande Serra Talhada tivemos a presença de uma dupla de cantadores e a performance maravilhosa de Rui Grudi, assim como tambem a presença marcante do Poeta Belmontense Cicero Moraes.
Abaixo, selecionamos alguns videos de poetas recitando poesias alegres e divertidas que encantaram a platéia que, mesmo embaixo de uma fina garôa não arredou o pé.
Estamos de parabens, todos nós que compomos o evento, assim como tambem queremos agradecer o empenho marcante dessa dupla de artífices da cultura nordestina, Domá e Cleo.

Um abraço poético a todos.

NEIDE NASCIMENTO e PAULO DUNGA

GONGA MONTEIRO e CICERO MORAES- FEIRA CORDEL SERRA TALHADA

ADERVAL SOARES FEIRA CORDEL SERRA TALHADA

AS 4 VELAS DEDÉ MONTEIRO

CAIO MENESES - FEIRA DE CORDEL SERRA TALHADA

FELIPE JUNIOR FEIRA CORDEL SERRA TALHADA

PAULO DUNGA - FEIRA DE CORDEL- SERRA TALHADA

terça-feira, 5 de abril de 2011

CONVITE DE POETA

Gente amiga, vejam só como é que poeta se corresponde com outro.
Isto que está escrito abaixo é um acerto de convite que o poeta Carlos Aires me fez para ir almoçar em sua casa, em Carpina. Vejam só que beleza!

Olá poeta meu amigo Paulo Moura, promessa é dívida estou esperando sua visita viu!!!


AO MEU AMIGO PAULO MOURA!!!

Meu amigo Paulo Moura
Cadê minha visitinha??
Eu estou lhe esperando
Aqui na minha casinha
E conforme o prometido
O almoço está garantido
Com a “Asa de galinha”

E tendo uma violinha
Ou mesmo um violão
Traga pra que a gente faça
Alguma declamação
Pra ficar documentado
Esse encontro esperado
Em vídeo ou em gravação

É grande a satisfação
De receber o amigo
E mostrar-lhe o meu trabalho
No meu modesto abrigo
De maneira primorosa
Pra que façamos à prosa
E depois almoce comigo

Porém poeta, eu lhe digo
Pra que haja coerência
No sentido de avisar-me
Com um pouco de antecedência
Pra q’eu fique mais atento
E lhe receba a contento
Na modesta residência!!!

Carlos Aires 05/04/2011