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Recife, Pernambuco, Brazil
O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Teia de Cordéis | Diálogos III… Cangaço: representações na Literatura de Cordel

O cangaço sempre foi um tema recorrente na Literatura de Cordel Brasileira. Transitando entre a ficção e a realidade, muitos cordelistas afiaram a língua e a ponta do lápis para contar, recontar, recriar e fantasiar a vida e os feitos de cangaceiros como o Lampião, Antônio Silvino, Corisco, Jararaca e inúmeros outros. E, assim, esses personagens, mais uma vez, ganham força no imaginário popular nordestino.


Para a terceira edição da série Diálogos…, o Museu de Arte Popular, equipamento da Fundação de Cultura Cidade do Recife, convida para uma conversa sobre as representações do cangaço na Literatura de Cordel no próximo dia 23 de agosto, no Teatro Barreto Júnior.


Para nos acompanhar nesse diálogo, estarão conosco os pesquisadores Geovanni Cabral (História/UFPE) e Rômulo Oliveira (História/UFPE).


O que | Teia de Cordéis | Diálogos III… Cangaço: representações na Literatura de Cordel


Quando | 23 de Agosto, terça-feira, às 18:30 horas


Onde | Teatro Barreto Júnior


Informações | +55 81. 3355-3110


Sobre os facilitadores da conversa



Rômulo Oliveira | É graduado em História pela UFRPE (2007), Mestre em História Social da Cultura pela UFRPE (2010), Doutorando e História pela UFPE. Pesquisador de temas como cangaço na imprensa, Literatura regionalista e cordel, representações culturais, entre outros.



Geovanni Cabral | Doutorando em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Pernambuco, Especialista no Ensino de História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, graduado em Licenciatura em História pela mesma Universidade. Atualmente se dedica a pesquisas sobre a obra do poeta popular José Costa Leite.

SÁBADO DANADO DE BOM, NA MADALENA!

Projeto do Memorial Luiz Gonzaga, da Fundação de Cultura Cidade do Recife, iniciado em junho de 2009, que começou no Pátio e São Pedro. Agora em 2011, na versão itinerante, espalha-se pelos agitados mercados públicos do Recife. 
Inspirado na música Danado de Bom, de Luiz Gonzaga e João Silva: “Tá é danado de bom! / Tá danado de bom, meu compadre! / Tá é danado de bom, Forrozinho bonitinho / Gostosinho”... É mesmo assim, danado de bom, ao som de um trio de forró, interpretando clássicos do cancioneiro nordestino e composições inéditas, que serão as tardes dos sábados (a partir das 13h), nos Mercados da Madalena, Boa Vista e Encruzilhada.
Sábado Danado de Bom! acontecerá sempre no último sábado de cada mês, e neste ano, em parceria com a Sociedade dos Forrozeiros Pé de Serra e Ai!, terá como base o trio de forró de Raminho do Acordeon, acompanhado por mais duas renomadas atrações oferecidas pela Sociedade parceira.
O Memorial fará, nos Sábados, a entrega da Medalha Memorial Luiz Gonzaga à personalidades dedicadas à cultura recifense, sendo uma freqüentadora assídua do Mercado festejado e outra ligada à música regional. Nesse sábado, 27 de agosto, o Memorial homenageará três bons forrozeiros, frequentadores do Mercado da Madalena: Agustinho do Acordeon, Josildo Sá e Ed Carlos. As atrações deste sábado são Chico Bala e Sevy Nascimento.

Entrada franca.
Contato - (81) 3355-3155.

Fatima Quintas - Lançamento de Livro


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

UM CORDEL SOBRE O CORDEL


À Partir de uma sequencia de aulas e oficinas de Cordel em salas de aula, me bateu uma vontade de contar a história do Cordel em forma de Literatura de Cordel. E foi dessa idéia que o projeto Educar com Cordel ganhou vida. Hoje, as palestras e oficinas de Cordel ficaram mais enriquecidas com a história sendo contada de forma lúdica. Poética e divertida. Este folheto (Um Cordel sobre o Cordel) estará sendo distribuido em breve para algumas escolas públicas de Pernambuco graças à iniciativa do Minc - Ministério da Cultura, através do Premio Patativa do Assaré, onde fomos contemplados. Quando da entrega deste Cordel às escolas selecionadas haverá uma mini oficina de Cordel e um recital poético para fechar com chave de ouro este trabalho que é feito com todo carinho para os jovens leitores e futuros poetas. Abaixo, leia a íntegra do folheto Um Cordel Sobre o Cordel, do Poeta Paulo Moura.  

A HISTÓRIA DO CORDEL

1
Eu vou contar pra vocês
De forma bem popular
A história do CORDEL
E a todos vou ensinar
Mostrando o quanto é fácil
RIMAR e METRIFICAR.

2
Mas para se conseguir
Escrever sem escarcéu
Versos com ORAÇÃO e RIMA
Lanço mão deste papel
E começo por falar
Da ORIGEM do CORDEL:

3
A poesia ilumina
Minh’alma neste momento
Pra que eu possa, nestes versos
Mostrar com conhecimento
O que é MOTE, VERSO e RIMA,
Será esse meu intento.

4
O CORDEL surgiu por causa
Da grande necessidade
Dos povos do velho mundo
Praticar a ORALIDADE
Contando os acontecidos
Para o povo da cidade.

5
Naquelas comunidades
Bem poucos sabiam ler
No século dezessete
Era triste de se ver
Pois se ali poucos liam
Pra quê então escrever?

 6
Surgiu então o FOLHETO
Que correu o mundo inteiro
Portugal, Espanha, França
Até que um aventureiro
Transportou nas caravelas
Para o solo brasileiro.

7
Chamavam de “Folhas Soltas”
Os FOLHETOS portugueses
Pliegos, Hojas, Corridos,
Na Espanha, e os franceses
“Literatura ambulante”,
E “Canard” os Ingleses.

8
Mesmo com nomes diversos
Em todo canto era igual
Envolviam narrativas
De cunho tradicional
Estórias de valentia
Ou assunto ocasional

9
De além mar, para o Brasil
Em forma de ORALIDADE
Veio aportar no Nordeste
E com a originalidade
Dos poetas sertanejos
Ganhou notoriedade.

10
Desde quando foi trazido
Pelos colonizadores
Lá na Serra do Teixeira
Os primeiros cantadores
Disseminaram a POESIA
Pelo Pajeú das flores.

11
O Vate Agostinho Nunes
Foi do cordel um herdeiro
Com Ugolino Sabugi
Que também foi pioneiro
Junto com o irmão Nicandro
Ambos, filhos do primeiro.

12
Foram os primeiros poetas
Da ala dos cantadores
Que em 1830
Mostraram os seus valores
Do sertão do Moxotó
Até o Pajeú das Flores

13
E o nome de CORDEL
É por causa da maneira
Que na Europa se expunha
Para se vender na feira
E com esse nome o “FOLHETO”
Atravessou a fronteira

14
E o CORDEL ganhou fama
Nas feiras e arruados,
Cidades de interior
Vendas, bodegas, mercados
E pelos cegos das feiras
Era muito recitado

15
Depois, em 1900
Ganhando notoriedade
O CORDEL, que era ouvido
Através da ORALIDADE
Para a gráfica seguiu
Pra se vender na cidade

16
Leandro Gomes de Barros
Foi o grande precursor
Da parte EDITORIAL
Que o CORDEL se transformou
O FOLHETO difundiu-se
Aumentando seu valor

17
João Martins de Ataíde
E Silvino Pirauá
Foram grandes precursores
Da arte de versejar
E o nosso CORDEL então
Viajou lá do Sertão
Até as pancadas do mar.

18
No ano 1900
Na década de 40
O CORDEL sofreu uma queda
Gradual, sofrida e lenta
Por causa da evolução
Dos meios de comunicação
Que o progresso fomenta

19
Televisão e jornal
Radio de pilha e correios
Foram chegando pra o povo
Que não tinha outros meios
E nem de longe sonhavam
Com internet ou emails

20
E das mãos do sertanejo
Nosso CORDEL foi sumindo
Porque o radio e a TV
Na sua casa foi surgindo
Que nem deu pra acreditar!
Ver o progresso acabar
Com um movimento tão lindo!

21
Mas outra duvida tiro
Pois nisso sou menestrel
Vou falar pra todo mundo
Da função e do papel
E dizer de forma clara:
Como é feito o CORDEL:

22
Criaram-se vários tipos
Vários ESTILOS e FORMAS
E pra editar um CORDEL
Existem regras e normas
De 8 a 16 folhas
Existem várias escolhas
E os temas são gerais
E tem também outros lances
Como os CORDÉIS de Romances
Com 30 ESTROFES ou mais

23
O seu assunto varia
De forma bem casual
Estória de aventuras
Lutas do bem contra o mal
Da sina de um Cangaceiro
De penitente, romeiro,
Ou tema circunstancial.

24
É escrito normalmente
Seguindo uma mesma trilha
A DÉCIMA, pouco usada
Ou mesmo a SEPTILHA
Contudo o mais usado
E que ficou consagrado
Foi o gênero: SEXTILHA

25
Alem da RIMA e da forma
Pra compor a EDIÇÃO
Tem algo muito importante
Na sua HARMONIZAÇÃO:
É escrito em sete sílabas
Pra dar METRIFICAÇÃO

26
Sete sílabas poéticas
É o que você vai usar
Para construir seis VERSOS
E para melhor ficar
Os VERSOS 2, 4 e 6
Entre si devem RIMAR

27
Outros formatos de RIMA
A SEXTILHA pode ter
Com rima ABERTA ou FECHADA
Você pode escrever
Contudo o estilo acima
É mais fácil de fazer

28
E é bom logo aprender
Que “VERSO” é cada LINHA
Que “ESTROFE” é o CONJUNTO
De VERSOS de um poeminha
E que RIMANDO, a POESIA,
Vai ficar mais bonitinha

29
Manoel Alexandrino
De Mendonça Serrador
Da ESTROFE de SETE LINHAS
Foi o idealizador
Uma linha a mais na sextilha
Ganhou mais graça e valor

30
SEPTILHA ou SETE PÉS
São SETE VERSOS rimados
A linha 2, 4 e 7
Vão rimar emparelhados
Linha 1 e 3 não rima
A 5 da 6 é prima...
...E tudo METRIFICADO!

31
A DÉCIMA é outro estilo
Que também é muito usado
Com sete silabas poéticas
(Que não tenha “pé quebrado”!)
Mas também vai ficar belo
Dez silabas em “MARTELO”
E se o cabra desejar
12 silabas poéticas
Ou 11 para ter métricas
De GALOPE a BEIRA MAR

32
A sua RIMA varia
Se tiver MOTE ou não
É bem fácil de fazer
Basta prestar atenção:
No esquema A,B,A,B,
C,C,D,E,E,D,
Não vai haver confusão

33
A sua 1ª linha
Deve rimar com a 3ª
Se a 2 com a 4 se alinha
A rima fica certeira
A 5 rima com a 6
E digo mais pra vocês
Que são alunos fieis
Se a 8 e a 9 rimar
Tá bom, e vai melhorar
Se a 7 rimar com a 10.

34
A poesia de dez linhas
É ideal pra usar
Quando alguém dá um MOTE
Para o poeta GLOZAR
Nesse caso nossa décima
Vai sua forma mudar:

35
Com MOTE a 1ª linha
Com a 4 e a 5 tem vez
A 2 vai rimar com a 3
Pra ficar bem casadinha
A 6 e a 7 juntinha
Vai rimar com a linha 10
Aprenda com os menestréis
Que bem melhor vai ficar
Se 8 com 9 rimar
Para o verso de dez pés

36
Existem diversas formas
De fazer verso rimado:
Meia Quadra, Gemedeira,
Quadrão e Mourão Voltado,
Tem baião de Gemedeira,
Parcela, Quadra, Ligeira,
E Martelo Agalopado.

37
Coloque o lápis de lado
E uma folha de papel
Lance mão deste livreto
E se sinta um Menestrel
Use a imaginação
E abra seu coração
Pra escrever “seu” Cordel.

38
E acredite que, na vida
Fazendo as coisas corretas
Não somos só sonhadores
Pois temos planos e metas
Estudar com alegria,
Ler muito e fazer poesia,
Pois o mundo é dos Poetas.

 (Quem quiser adquirir este folheto de Cordel, entre em contato com o Autor via email "paulodunga@bol.com.br" e saiba como receber o mesmo)
















quarta-feira, 10 de agosto de 2011

RECITAL COM O POETA MARCOS PASSOS


Por que investir em educação? (do site EDUCAR PARA CRESCER)

Cinco motivos para o Brasil destinar mais recursos e esforços a essa área


12/09/2008 17:07
Texto Sandra Soares
Educar
Foto: GERMANO LUDERS
Pedro Herz, dono da Livraria Cultura
Para Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, é difícil encontrar mão-de-obra qualificada
Investir em educação provoca uma espécie de efeito dominó às avessas. Em vez de derrubar, alavanca uma série de setores, como o consumo, a saúde, a habitação, a segurança e por aí vai. Pessoas mais bem instruídas têm empregos melhores, salários maiores e, conseqüentemente, um poder de compra maior. Uma população com mais anos de estudo tende a cuidar melhor da saúde e a cometer menos crimes. Muitos especialistas em educação alertam que a relação entre a evolução na qualidade de ensino e a melhora nos índices sociais e econômicos não é tão direta e previsível, mas certamente é consenso entre economistas e educadores que educação de qualidade para todos é condição essencial para o desenvolvimento do país. Confira a seguir cinco motivos para o Brasil apostar dinheiro, tempo e esforços nessa área. Para ler, clique nos itens abaixo:
1. Nações que investiram têm melhor distribuição de renda entre seus cidadãos
2. O Brasil está ficando para trás em relação a outros países
3. Falta gente qualificada no mercado de trabalho
4. Investimentos privados pautam ações de prefeitos e secretários municipais
5. A baixa qualidade da educação estimula a evasão escol