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O Blog Educar com Cordel é editado pelo poeta e escritor Paulo Moura, Professor de História e Poeta CORDELISTA. Desenvolve o projeto EDUCAR COM CORDEL que visa levar poesia e literatura de cordel para as salas de aula, ensinando como surgiu a Literatura de Cordel, suas origens, seus estilos, suas heranças. O Projeto Educar com Cordel é detentor do Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do MINC (Ministério da Cultura).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma merecida homenagem

Cleonice Maria
Cleonice Maria, produtora cultural e diretora da Fundação Cultural Cabras de Lampião. Quem é ela? Uma Guerreira!


Cara fechada, olhar desconfiado, um apertar firme de mãos. Estatura média, cabelo todo amarrado pra trás, um ou outro sinal de vaidade. A primeira impressão que se tem é de uma mulher de poucos amigos. Talvez até seja, mas, em um par de minutos de conversa, Cleonice se mostra mais que isso: uma mulher forte, decidida, “uma sertaneja cabra da peste”, como diz.

Cleonice Maria, 39 anos, é natural de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, terra de Lampião. Há duas décadas se dedica à preservação e divulgação da memória do cangaço. Ela foi inspirada pelo marido, o historiador Anildomá Willans, que desde criança coleciona registros sobre o tema.

Hoje ela administra o Museu do Cangaço, criado há três anos. Ocupando um dos prédios da antiga estação de trem da cidade, o espaço guarda centenas de fotos que mostram desde como era o cotidiano de Lampião e Maria Bonita até a morte dos dois. Peças que pertenciam a cangaceiros da região completam o acervo.

O trabalho, hoje consolidado e reconhecido, enfrentou dificuldades no início. “As pessoas de Serra Talhada tinham repúdio em relação à questão do cangaço e de Lampião. E a gente achava compreensível porque muita gente daqui tem algum parente que foi morto por ele ou pelo bando. Nosso trabalho era mostrar um outro lado, o da história, o do legado cultural deixado pelo cangaço para Serra Talhada e pro Nordeste”, explica Cleonice.

"Vez por outra, me chamam de Maria Bonita”, conta Cleonice, em tom de riso. Por quê?
“Num sei. Acho que é porque luto por isso há tanto tempo. A história de Maria Bonita e de Lampião é uma das mais bonitas que conheço.” Questionada se ela se sente uma Maria Bonita,
Cleonice para, ri um pouco constrangida, pensa um pouco, hesita e responde. Veja o que ela disse neste vídeo.

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